Segurança Contra Incêndio em Helipontos e Heliportos: O Que Diz a Nova IT-31/2025
A aviação vertical, com destaque para helipontos e heliportos, exige cuidados específicos em segurança contra incêndio devido ao alto risco associado ao transporte aéreo e à presença constante de combustíveis inflamáveis. A nova IT-31/2025 do Corpo de Bombeiros de São Paulo trouxe atualizações importantes que impactam diretamente os projetos, instalações e manutenções desses locais. Neste artigo, você vai entender os principais pontos da norma e como se adequar a ela.
1. O que é a IT-31/2025 e por que ela é importante?
A Instrução Técnica 31/2025 tem como objetivo estabelecer os critérios mínimos de segurança contra incêndios para helipontos e heliportos. A norma é voltada tanto para estruturas localizadas no topo de edificações quanto para instalações em solo, sendo essencial para prevenir acidentes e garantir respostas rápidas em situações de emergência.
Além da proteção de vidas humanas, a IT-31 também visa preservar o patrimônio e minimizar impactos ambientais que um incêndio em heliponto poderia causar, especialmente em áreas densamente povoadas. Por isso, seu cumprimento é obrigatório para obtenção do AVCB.
2. Classificação das estruturas: heliponto x heliporto
A norma define claramente a diferença entre heliponto e heliporto. Enquanto o heliponto é uma estrutura de pouso e decolagem com características mais simples, o heliporto é uma instalação mais completa, com hangares, serviços de apoio e áreas administrativas.
Essa diferenciação é fundamental porque os requisitos de segurança variam de acordo com o tipo e a complexidade da instalação. O heliporto, por exemplo, deve possuir uma infraestrutura de combate a incêndio mais robusta, com brigada de emergência treinada, equipamentos automáticos e sistemas de alarme.
3. Equipamentos obrigatórios de combate a incêndio
A IT-31/2025 traz uma lista detalhada de equipamentos obrigatórios. Entre os principais estão:
- Sistema de hidrantes com mangueiras adequadas;
- Extintores portáteis com agente para líquidos inflamáveis;
- Carreta de espuma mecânica para heliportos maiores;
- Reservatórios de água específicos para combate a incêndios;
- Sistema de detecção e alarme de incêndio, dependendo da estrutura.
Esses itens devem ser posicionados estrategicamente conforme os critérios da norma, sempre considerando a acessibilidade e a eficácia do primeiro combate ao fogo.
4. Treinamento e brigada de incêndio
Outro ponto importante da IT-31/2025 é a exigência de capacitação específica da brigada de incêndio. Para locais com operações frequentes ou movimentação de passageiros, é indispensável que haja uma equipe treinada para agir de forma rápida e coordenada, utilizando os equipamentos disponíveis.
A norma também recomenda a realização de simulados periódicos, com o objetivo de garantir que todos os envolvidos estejam aptos a atuar em caso de emergência.
5. Rotas de fuga e sinalização
Assim como em qualquer outro projeto de segurança contra incêndio, os helipontos e heliportos devem possuir rotas de fuga sinalizadas, desobstruídas e dimensionadas conforme a ocupação. Isso inclui:
- Escadas de emergência protegidas;
- Iluminação de emergência nas rotas de saída;
- Placas fotoluminescentes visíveis em todas as direções de evacuação.
A evacuação rápida e segura é essencial em ambientes com risco elevado de incêndio, como áreas de abastecimento de aeronaves.
6. Manutenção e inspeções periódicas
A IT-31 também reforça a obrigatoriedade de realizar manutenções regulares e inspeções técnicas nos sistemas de segurança. A negligência na verificação de hidrantes, extintores, alarme e iluminação de emergência pode invalidar o AVCB e comprometer a segurança de todos os usuários da instalação.
É recomendado manter um plano de manutenção preventiva, com cronograma, responsáveis técnicos e registros de execução.
Conclusão: sua segurança começa com conhecimento técnico
A IT-31/2025 é uma norma essencial para todos os profissionais envolvidos em projetos, execução e operação de helipontos e heliportos. Compreender suas exigências é o primeiro passo para garantir segurança real e cumprir as obrigações legais junto ao Corpo de Bombeiros.
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