Como Dimensionar Sistemas de Hidrantes Passo a Passo (Conforme IT-22/2025)

Como Dimensionar Sistemas de Hidrantes Passo a Passo Conforme IT-22-2025

Como Dimensionar Sistemas de Hidrantes Passo a Passo (Conforme IT-22/2025)

O dimensionamento correto de um sistema de hidrantes é um dos pilares para garantir a segurança das edificações contra incêndio. A nova IT-22/2025 do Corpo de Bombeiros de São Paulo trouxe critérios claros e atualizados para que engenheiros e técnicos possam projetar sistemas eficazes, seguros e dentro das exigências legais.

Neste artigo, vamos explicar passo a passo como dimensionar um sistema de hidrantes, desde a análise da edificação até a definição da reserva técnica e cálculo da bomba de incêndio. Se você deseja atuar com projetos de PPCI e evitar reprovações, este guia vai te ajudar a dominar os pontos mais importantes da norma.

1. Entendendo a Classificação do Sistema Conforme a Edificação

Antes de iniciar qualquer cálculo, o primeiro passo é identificar qual tipo de sistema de hidrantes se aplica à edificação. A IT-22/2025 classifica os sistemas em cinco tipos (de 1 a 5), conforme área construída, número de pavimentos e risco de ocupação.

Sistemas do tipo 1 e 2 são os mais simples, aplicáveis a edificações menores e de risco reduzido. Já os tipos 3, 4 e 5 exigem sistemas completos, com reserva técnica de incêndio, recalque, bomba de incêndio e outros componentes. Essa classificação define a base de todo o dimensionamento.

Escolher o tipo errado de sistema pode comprometer o projeto desde o início. Por isso, é essencial consultar o quadro resumo da IT-22, que mostra exatamente os critérios de aplicação para cada tipo de sistema. A partir disso, o dimensionamento seguirá com base em requisitos bem definidos.

2. Cálculo da Reserva Técnica de Incêndio (RTI)

A Reserva Técnica de Incêndio (RTI) é o volume mínimo de água que deve estar disponível exclusivamente para o sistema de combate a incêndio. A IT-22/2025 apresenta uma tabela com os valores mínimos exigidos de acordo com o tipo de sistema e área da edificação.

Por exemplo, uma edificação com sistema Tipo 3 pode exigir uma RTI de 8.000 litros, enquanto sistemas mais simples exigem volumes entre 1.000 e 3.000 litros. O dimensionamento deve considerar a autonomia de funcionamento, normalmente de 20 minutos, conforme estabelecido pela norma.

Além disso, a RTI deve ser separada do reservatório de consumo comum, por meio de compartimentação física ou hidráulica, garantindo que a água destinada ao combate ao incêndio esteja sempre disponível em caso de emergência.

3. Definição da Vazão e Pressão Mínimas

A norma IT-22/2025 estabelece que os sistemas de hidrantes devem garantir uma vazão mínima de 250 L/min por ponto de hidrante, e uma pressão mínima de 4 kgf/cm² (ou 400 kPa) no hidrante mais desfavorável, ou seja, aquele mais distante e em posição menos favorável.

O cálculo da vazão total do sistema depende da quantidade de hidrantes que funcionarão simultaneamente, conforme o tipo de ocupação e risco da edificação. Em alguns casos, é necessário considerar dois ou mais hidrantes funcionando ao mesmo tempo.

A pressão deve ser calculada considerando perdas por altura, atrito nas tubulações e restrições dos componentes, como válvulas, conexões e esguichos. Esse é um dos pontos mais críticos do projeto e exige atenção redobrada no cálculo hidráulico.

4. Dimensionamento das Tubulações

Com a vazão e pressão definidas, o próximo passo é o dimensionamento das tubulações, que deve ser feito para garantir que não haja perda de carga excessiva e que a pressão mínima seja mantida em todos os pontos de consumo.

A IT-22/2025 orienta que as tubulações devem ser projetadas conforme os métodos de cálculo hidráulico convencionais, como Hazen-Williams, e com diâmetros mínimos estabelecidos de acordo com a vazão requerida. Para pontos com maior demanda, diâmetros maiores são obrigatórios.

Outro fator importante é o tipo de material utilizado, que interfere na rugosidade da tubulação e, consequentemente, na perda de carga. Tubulações em aço carbono, galvanizado, CPVC ou cobre têm coeficientes distintos e precisam ser considerados no cálculo.

5. Escolha e Dimensionamento da Bomba de Incêndio

Quando a edificação não possui altura suficiente para garantir a pressão mínima por gravidade, é necessário instalar uma bomba de incêndio. A bomba deve ser capaz de fornecer a vazão total exigida e a pressão mínima no ponto mais desfavorável do sistema.

A IT-22/2025 determina que a bomba deve ser dimensionada para operar com autonomia de 20 minutos, considerando o volume da RTI e o cenário mais crítico de funcionamento. Além disso, o sistema deve incluir uma bomba jockey, que mantém a linha pressurizada e evita o acionamento desnecessário da bomba principal.

É fundamental prever painel de comando automático, teste semanal com simulação de funcionamento real e alimentação elétrica dedicada. Qualquer falha na instalação ou dimensionamento da bomba pode causar reprovação imediata do projeto.

6. Elaboração do Memorial de Cálculo e Aprovação do Projeto

Após todos os cálculos, é hora de elaborar o memorial de cálculo hidráulico, documento essencial para comprovar que o sistema foi dimensionado conforme as exigências da IT-22/2025. Nele devem constar todas as premissas, fórmulas utilizadas, resultados, perdas e justificativas técnicas.

O memorial deve ser apresentado junto com a planta baixa, o esquema isométrico e a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), todos assinados por profissional habilitado. O projeto é então submetido ao Corpo de Bombeiros para análise e aprovação.

Ter um memorial claro, completo e dentro das normas é o que garante a aprovação do seu projeto na primeira análise, evitando retrabalho e perda de tempo com correções. E para isso, é essencial ter uma boa formação técnica e prática na área.

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O dimensionamento de sistemas de hidrantes, conforme a nova IT-22/2025, exige conhecimento técnico, atenção aos detalhes e domínio dos cálculos hidráulicos. Compreender as exigências da norma é o primeiro passo para atuar com segurança e garantir a aprovação dos seus projetos junto ao Corpo de Bombeiros.

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